sábado, 31 de julho de 2010


                                                   Te olho nos olhos e você reclama


Que te olho muito profundamente.Desculpa,Tudo que vivi foi profundamente...Eu te ensinei quem sou...E

você foi me tirando...Os espaços entre os abraços,Guarda-me apenas uma fresta.Eu que sempre fui livre,

Não importava o que os outros dissessem.Até onde posso ir para te resgatar?Reclama de mim, como se

houvesse a possibilidade...De me inventar de novo.

Desculpa...se te olho profundamente,Rente à pele...A ponto de ver seus ancestrais...Nos seus traços.A

ponto de ver a estrada...Muito antes dos seus passos.Eu não vou separar as minhas vitórias Dos meus

fracassos! Eu não vou renunciar a mim;Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser Vibrante, errante, sujo,

livre, quente.Eu quero estar viva e permanecer

                                                                                 Te olhando profundamente.

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